Retomamos o menu de sempre
Percorremos no olhar um do outro o que sentimos
Sem trocas nem descontos
O suor e o silêncio
Demasiado tempo intocáveis
Comovidos perante o vidro
A indiferença
Ronda sem dar tréguas
De esgravatar no vazio
O delírio da rotina
Teima em ficar
Ao cabo dos dias
A tomada da noite
Ameaça permanecer afastando
O sacrilégio do desejo
A ousadia do movimento
Estilhaça a indiferença retendo
A retina no simulacro.
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