Limpo-me incessantemente
do mal que sorvo
Sorvido, sugado lentamente
até á última gota de pecado
do mal que sorvo
Sorvido, sugado lentamente
até á última gota de pecado
Transfiguro-me escandalosamente
na vaidade corrosiva
que me aguça a vontade depressiva
de pecar desumanamente
Nas árvores da primavera guardo
as histórias, os sonhos, as memórias
deprimo-me, alegro-me, renovo-me
das cinzas pinto o arco-íris
sóbrio, pacato, limpo,tórrido
Refresco-me nas tuas palavras doces
e sinto-te como se fosses,
o meu outro eu, aquele mais…
leve, puro,sensato
prendo-me ao sonho de te tocar
na névoa permanente
trespaçar o teu coração eternamente.
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