Desprotegido

Injuriado, maltratado

Sugo as palavras insípidas

Que me julgam tarado

Descarnam as verdades límpidas

Aterram no passado encoberto

Soltam-se as pragas e a maledicência

Do meu incansável espírito aberto

Resulta o abandono da ciência

Mergulho na subjectividade

Encaro de frente o presente

Criticam a minha actividade

Plantam um sujeito diferente.

Interiorizo a efemeridade

De que sou vítima, me aterrorizo

Sinto uma pura vontade

Tornar o sonho que realizo

Numa efémera realidade.

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